
Se 2024 foi o ano em que “assinar digitalmente” virou conversa de diretoria, 2025 foi o ano em que virou infraestrutura. A formalização digital saiu do lugar de “projeto do TI” e passou a ser pilar de negócio, de compliance e de continuidade operacional.
E tem um motivo simples para isso: a combinação explosiva de mais transações digitais, mais exigência regulatória, mais pressão por auditoria, e um cenário de ameaças que já não mira só dados, mas também processos (fraudes documentais, identidade, trilhas de auditoria, carimbo temporal, integrações via API).
A seguir, uma retrospectiva completa com os marcos que mais mexeram com o jogo em 2025.

Em 2025, o “digital-first” deixou de ser slogan e virou arquitetura. O que mais apareceu nos bastidores (e nos incidentes) foi uma verdade incômoda: digitalizar sem governança só troca o tipo de problema.
As tendências mais fortes do ano apontaram para:
Auditoria contínua como padrão
Não basta “ter um PDF assinado”. Organizações passaram a exigir trilhas completas: quem fez o quê, quando, por onde, com qual evidência.
Identidade e prova técnica no centro da formalização
Autenticar “usuário” não é o mesmo que garantir identidade em um processo sensível. Por isso, 2025 acelerou o uso de biometria, autenticação forte e mecanismos de não repúdio, principalmente em setores regulados.
Eventos e integrações em tempo real (APIs + webhooks)
Assinatura virou parte do fluxo. A cada assinatura, rejeição, expiração, precisa existir rastreabilidade, mensageria, logs e consistência de estados.
Prova temporal ganhou protagonismo
Quando a discussão chega em auditoria, disputa jurídica ou investigação interna, “quando isso existiu” é tão importante quanto “quem assinou”. Aqui, carimbo do tempo (ACT) saiu do papel de detalhe técnico e virou item de checklist.
Um dado que resume bem 2025: o Assinador gov.br completou cinco anos com mais de 339 milhões de assinaturas realizadas e, só em agosto de 2025, houve referência a mais de 20 milhões de assinaturas no mês. Isso é o “termômetro de mercado” gritando: assinatura eletrônica e digital não são mais exceção. São comportamento.
Em 2025, o ITI publicou atos e instruções mirando diretamente em aprimoramento de auditorias e reforço de controles e envio de informações, com prazos de adequação e transição. Na prática, o recado é: formalização digital não é só “assinar”, é sustentar um ecossistema com rastreabilidade e conformidade.
Um marco bem objetivo do ano: o MEC informa que a partir de 1º de julho de 2025, conforme Portaria MEC nº 70/2025, o Diploma Digital tornou-se obrigatório no Sistema Federal de Ensino (com possibilidade de imprimir a representação visual).
Isso elevou a barra para integridade, autenticidade e auditabilidade em fluxos educacionais, especialmente para emissão, registro e comprovação.
Se no Brasil 2025 foi “escala + governança”, na Europa foi “identidade + interoperabilidade”.
A Comissão Europeia reforça que os Estados-membros devem disponibilizar carteiras (wallets) para cidadãos, residentes e empresas até o fim de 2026.- European Commission
E 2025 foi especialmente relevante por causa da evolução das bases técnicas: a conversa saiu do conceito e foi para implementação e regulamentações.
Em agosto de 2025, a Comissão publicou atualização sobre implementing regulations adotadas, com publicação no Jornal Oficial em 30 de julho de 2025 e entrada em vigor depois. - European Commission
Ou seja: 2025 foi ano de “manual de instruções” ficando mais real. E é isso que permite ecossistemas interoperáveis e auditáveis em escala continental.

2025 deixou um aprendizado transversal: quanto mais digital, mais prova técnica você precisa.
Biometria virou atalho de experiência (UX), mas também abriu debate sobre governança: coleta, armazenamento, consentimento, minimização e trilhas de auditoria. O Brasil reforçou controles e envio de informações envolvendo emissões e biometrias no contexto ICP-Brasil.
Fonte: Serviços e Informações do Brasil
O carimbo do tempo ganha força quando a empresa quer provar que um documento existia naquele instante, com integridade garantida. A Bry tem conteúdos bem didáticos sobre o tema e suas aplicações (inclusive com ICP-Brasil).
Selo eletrônico pode atender muitos cenários de autenticidade/integridade institucional, mas assinatura (em especial com cadeia robusta) entra quando há responsabilidade, consentimento e não repúdio. Em 2025, essa “alfabetização” cresceu, puxada por auditorias e exigências regulatórias.
Assinar e formalizar deixou de ser “clique no portal” e virou função de sistemas: ERP, prontuário, secretaria acadêmica, onboarding, compliance. A consequência é clara: cresce a exigência por logs, rastreabilidade, independência, eventos e segurança de payload.
Sem precisar citar clientes, dá para cravar um padrão de evolução que apareceu com força:
Antes: “vamos digitalizar para reduzir papel.”
epois: “vamos formalizar para reduzir risco e acelerar com segurança.”
O que mudou na prática:
2025 ensinou que formalização digital é um projeto de confiança e não apenas de eficiência.
Se eu tivesse que resumir em uma frase para virar slide de board:
confiança digital não é o documento, é o ecossistema.
Em 2025, venceu quem conseguiu responder com clareza:
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