API de assinatura e eventos em tempo real: como operacionalizar assinaturas e auditorias ao vivo

por Bry Marketing
publicado em 23 de dezembro de 2025

Durante muito tempo, a assinatura digital foi tratada como um evento pontual: alguém clica, assina, gera um PDF e o processo termina ali. Esse modelo até funciona em fluxos simples, mas não escala, não conversa com sistemas críticos e, principalmente, não sustenta auditoria contínua.

Em 2025, a realidade é outra. Assinaturas digitais fazem parte de processos vivos, integrados a ERPs, prontuários, sistemas acadêmicos, CRMs e plataformas reguladas. Para dar conta disso, as empresas precisam operar assinaturas por APIs, com eventos em tempo real, rastreabilidade técnica e governança.

Este artigo explica como estruturar essa arquitetura, quais eventos realmente importam, como garantir entrega e segurança e como aplicar isso, na prática, em setores como saúde e educação.

Por que APIs e eventos em tempo real se tornaram indispensáveis

Quando uma assinatura digital acontece dentro de um sistema, ela precisa gerar consequências imediatas:

  • liberar ou bloquear acesso,
  • registrar o documento em outro sistema,
  • atualizar status financeiro ou acadêmico,
  • criar evidências para auditoria,
  • notificar usuários ou áreas internas.

Sem eventos em tempo real, esses fluxos viram processos manuais, frágeis e difíceis de auditar.

APIs orientadas a eventos resolvem exatamente esse problema: transformam a assinatura em um gatilho confiável, que dispara ações automáticas e deixa trilhas técnicas.


1. Arquitetura recomendada: endpoint, fila e evento assíncrono

Uma arquitetura moderna de assinatura digital não deve ser síncrona e bloqueante. O modelo mais adotado em ambientes críticos é event-driven.

Componentes básicos da arquitetura

1. Endpoint de assinatura (API REST)
Responsável por:

  • criar o fluxo de assinatura
  • receber parâmetros do documento, signatários e regras,
  • iniciar o processo.

2. Processamento assíncrono
A assinatura não “trava” o sistema chamador. Ela acontece de forma desacoplada, permitindo escala.

3. Fila de eventos (queue)
Garante:

  • resiliência,
  • absorção de picos,
  • reprocessamento em caso de falha.

4. Webhooks / callbacks
Responsáveis por avisar sistemas consumidores quando algo acontece no fluxo.

Essa arquitetura evita gargalos, reduz dependência entre sistemas e melhora drasticamente a confiabilidade operacional.

2. Eventos que realmente fazem sentido em fluxos de assinatura

Um erro comum é tentar emitir eventos demais, sem valor prático. Em ambientes auditáveis, menos é mais, desde que os eventos sejam bem definidos.

Eventos essenciais

Assinatura concluída
Evento crítico. Indica que:

  • todos os signatários concluíram,
  • o documento atingiu estado final,
  • pode ser registrado, arquivado ou processado.

Assinatura rejeitada
Importante para:

  • encerrar fluxos automaticamente,
  • registrar tentativa e negativa,
  • evitar inconsistência de estados.

Assinatura expirada
Evita que documentos fiquem “em limbo”.
Permite:

  • reabertura controlada,
  • criação de novo fluxo,
  • registro para auditoria.

Falha técnica ou validação inválida
Eventos de erro são tão importantes quanto os de sucesso. Eles sustentam:

  • troubleshooting,
  • evidência de tentativa,
  • análise de incidentes.

Cada evento precisa carregar contexto suficiente para ser auditável.

3. Garantias de entrega: retry, idempotência e consistência

Eventos em tempo real só são confiáveis se vierem acompanhados de garantias técnicas. Caso contrário, você cria automações frágeis.

Retry automático

Falhas de rede acontecem.
Por isso, webhooks precisam ter:

  • tentativas automáticas,
  • backoff progressivo,
  • limite configurável.

Sem retry, eventos críticos simplesmente se perdem.

Idempotência

Um mesmo evento pode ser entregue mais de uma vez.
O sistema consumidor precisa ser capaz de:

  • reconhecer eventos duplicados,
  • processar apenas uma vez,
  • manter consistência de estado.

Idempotência é obrigatória em auditoria.

Confirmação de entrega

Sempre que possível:

  • o consumidor confirma recebimento (ACK),
  • o emissor registra o status da entrega.

Isso fecha o ciclo de rastreabilidade.

4. Logs, rastreabilidade e segurança dos eventos

Eventos não são apenas mensagens.
Eles são evidências técnicas.

O que precisa ser logado

Cada evento deve gerar registros contendo:

  • identificador único do evento,
  • identificador do documento,
  • status do fluxo,
  • timestamp confiável,
  • origem da requisição,
  • versão do payload.

Esses logs são fundamentais para:

  • auditorias internas e externas,
  • reconstrução de incidentes,
  • comprovação jurídica.

Assinatura de payloads

Para evitar spoofing e eventos falsos:

  • payloads devem ser assinados criptograficamente,
  • o consumidor valida a assinatura antes de processar,
  • chaves e segredos devem ser rotacionados.

Sem isso, qualquer endpoint vira vetor de ataque.

5. Exemplos práticos em saúde e educação

Saúde: assinatura de laudos e prontuários

Em um ambiente clínico, quando um médico assina um laudo:

  1. O sistema gera o fluxo de assinatura via API.
  2. A assinatura acontece de forma assíncrona.
  3. O evento “assinatura concluída” é disparado.
  4. O prontuário eletrônico recebe o evento.
  5. O documento é registrado, carimbado no tempo e vinculado ao paciente.
  6. Logs garantem auditoria e rastreabilidade.

Sem eventos, esse processo vira manual, e altamente arriscado.

Educação: contrato de matrícula e documentos acadêmicos

Em instituições educacionais:

  1. O aluno/responsável assina o contrato de matrícula.
  2. O evento de conclusão libera automaticamente:
    • acesso ao sistema acadêmico,
    • geração de número de matrícula,
    • ativação de serviços.
  3. Logs registram cada etapa para auditoria.
  4. O carimbo do tempo comprova o momento exato da formalização.

Esse modelo reduz filas, erros e questionamentos futuros.

6. Checklist prático para integração com a Bry

Antes de integrar APIs de assinatura com eventos em tempo real, valide:

Escopos e permissões

  • Escopos corretos para criação e consulta de assinaturas
  • Separação de ambientes (sandbox / produção)

Parâmetros obrigatórios

  • Identificador único do documento
  • Metadados mínimos para auditoria
  • Regras claras de expiração e rejeição

Payloads de eventos

  • Identificador do evento
  • Status da assinatura
  • Timestamp confiável
  • Hash ou referência do documento

Segurança

  • Assinatura criptográfica de payloads
  • Validação de origem
  • Retry e idempotência implementados

Logs e monitoramento

  • Logs centralizados
  • Monitoramento de falhas
  • Alertas para eventos críticos

Assinatura não é o fim do processo, é o começo

Em ambientes modernos, assinar não encerra nada.
Ela dispara processos, cria evidências, alimenta auditorias e sustenta decisões.

APIs com eventos em tempo real transformam a assinatura digital em um componente estrutural do negócio, e não em um passo isolado.

Empresas que entendem isso conseguem:

  • escalar com segurança,
  • automatizar com confiança,
  • auditar sem improviso.
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